Com o ITP - iniciador de transação de pagamento -, a jornada de pagamento dos usuários passa de 07 etapas para apenas 03 nas transações com Pix.
As primeiras transações com o Pix foram feitas em novembro de 2020 e, de lá para cá, esse meio de pagamento/transferência caiu nas graças das empresas e dos consumidores. Tanto que, de acordo com dados do Banco Central, o Pix lidera com folga o índice que acompanha os instrumentos de pagamento no Brasil, que engloba também boleto, DOC, TEC, cheque e dinheiro. Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2022 o BC registrou mais de 1,3 milhão de movimentações via Pix, enquanto o segundo lugar, boleto, contabilizou apenas 297 mil pagamentos. Mas onde o ITP do Open Banking entra nessa história?
É simples. Os números mostram que os brasileiros estão cada vez mais adeptos a novas formas de movimentações financeiras. E é nesse cenário que surge o ITP - iniciador de transação de pagamento - que apesar do nome complicado, chega para simplificar ainda mais as experiências de pagamento e transações. E uma prova significativa disso é o encurtamento da jornada de pagamento de 07 para apenas 03 etapas.
O ITP pode ser usado de múltiplas formas conforme o Open Finance evoluir. Mas o princípio básico é tornar mais simples e rápido diversos tipos de transações financeiras, como os pagamentos com Pix.
Como o ITP encurta a jornada de pagamento com Pix
Hoje, para realizar um pagamento com Pix em um e-commerce, por exemplo, o usuário percorre uma jornada com 07 etapas. Ele precisa:
- Escolher a opção de pagamento Pix na interface da loja online;
- Abrir o QR Code do Pix ou copiar o código;
- Entrar manualmente no App do banco e autenticar o acesso com login e senha;
- Dentro da interface do banco, abrir a opção Pix;
- Escolher o tipo de Pix;
- Escanear o QR Code ou colar as informações do código;
- Confirmar a transação no App do banco.

Com o ITP, esse processo fica bem mais dinâmico, uma vez que o recurso já esteja habilitado. Isso porque, no primeiro acesso, é preciso dar permissão ao ITP, seguindo os 04 passos abaixo:
- Criar conta fornecendo seus dados pessoais como nome, email, celular e endereço completo;
- Selecionar o banco ou fintech para compartilhar dados (redirecionamento para o App do banco ou fintech escolhida);
- No App do banco ou fintech, escolher a conta que utilizará (caso tenha mais de uma no mesmo banco, como conta corrente e poupança, por exemplo);
- Confirmar a permissão com senha, biometria ou Face ID.

Depois de habilitado, porém, o usuário não precisa mais passar pelo fluxo acima. Bastará ele percorrer apenas as 03 etapas abaixo para efetuar um pagamento com Pix usando o ITP.
- A loja mostra as opções de pagamento e você escolhe Pix;
- A loja pede para confirmar todos os dados antes de concluir a compra e consentir com o uso do ITP;
- Se confirmar o ITP, o usuário é redirecionado para o App do banco, mas diretamente para a página de confirmação da transação, precisando apenas concluir a operação com sua senha, biometria ou Face ID.

Atualmente, ainda há poucas empresas autorizadas pelo Banco Central a operar com o ITP. A Quanto é uma delas, bem como o Banco do Brasil e o Mercado Pago. Mas como dissemos, à medida que o Open Finance evoluir e novos casos de uso forem surgindo, a tendência é que as opções de pagamentos ou movimentações financeiras via ITP evoluam junto com o sistema financeiro aberto.
Fonte: AgênciaBrasil e Banco Central
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