11.jul
Open Finance
O que é Open Finance: entenda impactos para empresas e consumidores
Time Quanto
Sua porta de entrada para o Open Finance
Ainda que você já tenha lido sobre o que é Open Finance, listamos aqui alguns dos grandes impactos que, desde já, poderão contribuir para que empresas e consumidores aproveitem os benefícios do sistema financeiro aberto.
Afinal, o que é Open Finance e como isso vai impactar a vida de empresas e consumidores? Enquanto o Brasil coordena um dos maiores programas de Open Banking do mundo, a maioria das empresas e consumidores ainda não sabem ou entendem como isso pode afetar suas vidas. Por isso, resumimos aqui alguns pontos fundamentais que você precisa saber para se familiarizar com o assunto e entender como isso vai beneficiar empresas e consumidores.
Mas antes de mais nada: é Open Finance ou Open Banking?
O projeto inicial do Banco Central começou como Open Banking, porque envolvia especificamente dados bancários. No entanto, no decorrer da implementação o escopo aumentou, englobando também dados sobre investimentos, câmbio, seguros, previdência e outros. Ou seja, informações que não necessariamente estão nos bancos e podem estar em outros tipos de instituições financeiras. Assim, conceitualmente, começamos com o Open Banking, mas agora estamos no Open Finance.
O conceito por trás do Open Finance é, na verdade, muito simples. Ele trata da possibilidade de, como consumidores, abrirmos de forma consensual as nossas informações financeiras em troca de serviços e produtos mais adequados ao nosso perfil. Mas abrir o quê? Pra quem?
Quando falamos em dados financeiros, estamos nos referindo a todas as informações que bancos ou instituições financeiras têm sobre nós. É o histórico financeiro, que contempla dados cadastrais, renda mensal, gastos realizados, empréstimos, financiamentos, investimentos, dívidas e por aí vai.
O que é o Open Finance então? É fazer com que esses dados financeiros troquem de controlador. Antes, apenas os bancos e instituições financeiras tinham acesso a esses dados, pois isso era uma vantagem comercial. Mas agora, os próprios consumidores são os donos de seus dados. E isso muda tudo. Então, novamente, abrir o quê e para quem? Vamos por partes.
O que é Open Finance no mercado de crédito
O Open Finance vai muito além do mercado de crédito, mas como a maioria das pessoas e empresas têm ou tiveram contato com isso, ele ajuda a explicar melhor a dinâmica por trás da abertura do sistema financeiro. Primeiro, porque o mercado de crédito é um dos mais importantes para o crescimento econômico do país, além de contribuir para geração de renda e empregos.
Segundo, porque é um mercado com extrema assimetria de informação. Isso quer dizer que o Banco A não tem acesso às informações do Banco B. E mesmo que o cliente do Banco A quisesse que a sua instituição compartilhasse suas informações com o Banco B, isso não era possível. Mas com o Open Finance, é o cliente quem decide se quer ou não - se consente ou não - compartilhar essas informações.
Isso tem um valor imensurável tanto para as empresas, quanto para os consumidores. Pois de um lado, as empresas que fornecem crédito conseguem avaliar com muito mais precisão o perfil financeiro das pessoas. Do outro, as pessoas ganham novas possibilidades de conseguir crédito. É o tal do "ganha ganha".
Se a sua empresa concede crédito de alguma forma, como ela avalia o risco disso? Ela analisa os dados que têm à disposição, que nem sempre fornecem as informações que ela precisa. Afinal, o cliente que solicitou crédito é um bom pagador? Por quê? Ele tem receita para pagar o que foi acordado? E se ele tem receita, o quanto dela já está comprometida com outros pagamentos?
Com o Open Finance, é possível traçar esse verdadeiro raio x dos consumidores e, assim, avaliar com exatidão todos os parâmetros que envolvem esse tipo de operação, como valor, forma de pagamento, prazos e juros. Isso é possível porque os próprios consumidores, interessados em produtos ou serviços mais vantajosos para eles, podem agora compartilhar essas informações.
Com isso, forma-se um ciclo que beneficia todo o sistema financeiro. Afinal, as empresas conseguem ofertar mais crédito e diminuir a taxa de inadimplência, enquanto os consumidores conseguem mais acesso a crédito e consomem mais. Então as empresas também vendem mais, o consumo aumenta, a geração de empregos aumenta e a roda da economia gira no sentido do crescimento.
O que é Open Finance para as empresas
Para empresas, Open Finance pode ser traduzido em novas oportunidades, otimização de custos operacionais e desenvolvimento de produtos e serviços customizados. E não estamos falando aqui apenas de bancos e instituições financeiras. O Open Finance pode e deve contribuir com empresas de todos ou quase todos os setores da economia.
Novas oportunidades porque a abertura do sistema financeiro possibilitará não apenas o surgimento de novos produtos e serviços, como também deverá contribuir para novos negócios, parcerias e fontes de rentabilização. As empresas terão acesso a uma quantidade muito maior de dados e quem souber usar isso em seu favor poderá abrir um verdadeiro mundo de novas alternativas.
Otimização de custos operacionais porque talvez não seja mais necessário fazer altos investimentos para a aquisição de novos clientes ou para reter aqueles que já estão dentro de casa. Não será preciso também desenvolver diversos tipos de produtos para ver qual se adequa melhor aos seus consumidores. E isso nos leva ao terceiro ponto mencionado: desenvolvimento de produtos e serviços customizados.
A partir do momento em que os consumidores consentirem em compartilhar suas informações financeiras, as empresas poderão ofertar produtos e serviços desenvolvidos especificamente para o perfil financeiro X, Y ou Z. Sairemos do cenário no qual agrupamos indivíduos por características em comum para tratar cada consumidor de forma individual.
O que é Open Finance para os consumidores
Para os consumidores, Open Finance se traduz em empoderamento, ofertas personalizadas de produtos e serviços, além de contribuir para a democratização do sistema bancário e financeiro. Pessoas autônomas, que sempre tiveram dificuldade para comprovar renda, poderão fazê-lo de forma simples, enquanto desbancarizados terão acesso aos serviços financeiros.
O escopo do projeto prevê que ele quebre barreiras do setor financeiro e, assim, abra espaço para mais concorrência, o que permitirá que empresas (não apenas bancos e financeiras) ofertem serviços melhores e, principalmente, mais inclusivos para a população. Ou seja, os consumidores poderão comparar as opções antes de decidir por um determinado produto ou serviço financeiro.
Voltemos ao exemplo do mercado de crédito. Hoje, para conseguir um empréstimo, as pessoas precisam passar por vários processos burocráticos que vão desde o preenchimento de diversos formulários até a questão de reunir papéis e documentos para comprovar renda. Depois precisa ainda, se possível, mostrar que são boas pagadoras para conseguirem taxas mais atrativas.
Com o Open Finance, tudo isso é otimizado e simplificado. Não é preciso preencher manualmente formulários ou correr atrás de documentos que estão guardados em lugares diferentes. Basta compartilhar as informações de Open Finance com a instituição ou instituições desejadas - num processo tão simples quanto fazer login numa rede social - e aproveitar os benefícios do mercado financeiro aberto.
O que é Open Finance na coleta e inteligência de dados
Como dissemos, a partir do consentimento dos usuários, o Open Finance permite que as empresas tenham acesso a uma nova gama de informações. No entanto, é preciso deixar claro que isso, por si só, não é o bastante, pois ainda há o desafio de analisar esses dados, padronizá-los e, assim, conseguir usá-los em prol dos negócios e em benefício dos usuários. E isso não é tão simples.
Acontece que bancos, normalmente, dependem de códigos e processos internos para gerenciar o fluxo de dados de seus sistemas. Com isso, cada banco ou instituição financeira tem sua própria metodologia de fazer isso, o que num primeiro momento pode impor algumas restrições ao uso das informações compartilhadas. Além disso, os produtos financeiros disponíveis também não são padronizados. Então não basta apenas acessar os dados. É necessário enriquecer e padronizar essas informações para usá-las da melhor forma possível.
Caso queira saber mais e entender como a sua empresa pode aproveitar os benefícios do Open Finance, fale com nossos especialistas. A Quanto é uma das empresas pioneiras em Open Banking no Brasil e participa ativamente das decisões do Banco Central sobre o sistema financeiro aberto. Também possuímos todas as certificações de segurança da OpenID Foundation, estamos na lista oficial de participantes do Open Banking Brasil e somos habilitados para atuar como ITP - iniciador de transação de pagamento.
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